A Guarda Municipal foi acionada, na manhã desta quinta-feira (28), para conter os ânimos e garantir a segurança de funcionários e manifestantes, durante um protesto na sede da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, em Lauro de Freitas.
O protesto, realizado pelos servidores de limpeza da secretaria, foi contra a decisão do governo, de desligar 40 servidores do quadro de funcionários e transferi-los para a JG, empresa que presta serviço ao município.
Assim que souberam da notícia da quebra do vínculo com o poder público e dos prejuízos que isso acarretaria, os servidores iniciaram uma paralização, obrigando o governo a chamar uma reunião de emergência.
Apesar da proposta do governo garantir junto a JG, os direitos adquiridos na prefeitura, os servidores transferidos teriam um aumento em sua carga horária de quatro horas diárias, além de ter que trabalhar aos sábados. Vale salientar que os servidores escolhidos foram os mais antigos, chegando a atingir trabalhadores com 59 anos de idade.
A prefeita Moema Gramacho, de imediato, delegou ao secretário de Administração, Ailton Florence, à conversação com os servidores. Os manifestantes alegaram que não foram consultados e nem informados da decisão do governo e, que a transferência, implicaria em prejuízos aos trabalhadores.
A reunião, que teve um clima tenso no início, durou cerca de duas horas e terminou com o compromisso assumido pelo representante da prefeita, de que a opção de ir ou não para à JG, seria do servidor e não uma imposição do governo, como estava sendo tratada.
O momento mais tenso, contudo, foi quando o secretário Renato Braz, tentou impedir a participação do vereador Coca Branco, na reunião. Segundo assessores de Coca, o secretário chegou a usar a expressão “saia da minha secretaria”, na tentativa intimidar o legislador.
Coca afirma que a postura do secretário foi bastante infeliz, tanto na decisão de prejudicar os trabalhadores, quanto na tentativa infantil de barrá-lo na reunião. “Eu estava lá porque fui convidado. Eu sei quais são as minhas prerrogativas na condição de vereador… No entanto eu sei que Renatinho é apenas um servidor, a responsabilidade dessa proposta é do executivo, quem elaborou isso foi Moema. Afirmou.
Em entrevista ao Folha, o secretário Ailton Florence afirmou que o episódio de hoje foi consequência da falta de diálogo, entre a secretaria e os servidores. “Foi um erro de comunicação.” Disse ele. Já o secretário Renato Brás afirmou, que todos os 40 funcionários escalados para a transferência, estavam devidamente informados e de acordo com a proposta. Os servidores negaram.
Por: Ricardo Andrade