A eleição do dia 7 de outubro de 2018 proporcionou o deslocamento do eixo da política brasileira. Houve uma notória inclinação para a direita. O partido de Bolsonaro PSL foi o mais votado para a Câmara dos deputados, computando cerca de 11,6% dos votos e elegeu a segunda maior bancada. O PT tem a maioria, 56 e obteve 10,4% dos votos.
O efeito Bolsonaro que transformou, em apenas seis meses, um partido nanico no mais votado da república, pode ainda, trazer efeitos muito mais danosos ao projeto progressista de esquerda no Brasil.
A cláusula de barreira, dispositivo que restringe ou impede a atuação parlamentar de um partido que não alcança um percentual de votos, tende barrar 14 partidos políticos que desaparecerão e seus deputados eleitos vão migrar para outras siglas afins ou se fundirem todos para formar o maior (BONDE) partido de extrema direita já registrado na história brasileira, dando as devidas condições políticas do ex-capitão conduzir seu governo, legitimamente construído nas urnas.
O PSL já reuniu todos os eleitos no dia 7 e os orientou a buscar nos seus estados deputados de partidos nanicos que tenham interesse em aderir a sigla. Já havia procura pela sigla, na segunda feira (8), segundo informações do próprio partido.
Veja o quadro de como ficou a arrumação dos partidos na Câmara Federal.
“É a formação mais PATRONAL de todos os tempos. O povo colocou os representantes dos patrões para acelerarem ainda mais o sequestro de direitos. Chama a atenção também o crescimento vertiginoso da Bancada BBB (bala, boi e bíblia). Lobistas do ruralismo latifundiário, do armamentismo e do fundamentalismo religioso. Nunca fomos tão REACIONÁRIOS em toda a nossa história”. Viveremos dias difíceis se Haddad não vencer as eleições. Afirma, Lula Maciel, militante do PT de Lauro de Freitas.
Por: Ricardo Andrade