O Conselho Municipal de Cultura de Lauro de Freitas realizará nos próximos dias 24 e 25, o segundo Fórum Municipal de Cultura. Desta vez o tema escolhido é: Cultura X Violência; Onde não há atividade cultural a violência vira espetáculo.
Assim como na sua primeira edição, realizada em 2016, os Conselheiros da Sociedade Civil serão os protagonistas e responsáveis pela realização do Fórum. A temática escolhida para o Fórum reflete a necessidade conjuntural do momento difícil por que passa a sociedade laurofreitense, diante do assombroso aumento da violência, violação de direitos humanos e a alarmante taxa de letalidade que acomete a juventude local.
O CMC de forma corajosa assume a dianteira desse debate e grita alto, quando a grande maioria dos setores preferem o silêncio. As comunidades mais vulneráveis, onde as vezes a única política estatal que chega é a de segurança, representada pelo poder bélico e mortal das polícias, suplicam por direitos e clamam pela paz.
É nesse universo hostil e munidos da consciência de que cultura é um viés libertador e de garantia da cidadania que o Conselho de Cultura de Lauro de Freitas chama para si a responsabilidade de municiar as periferias de arte e cultura. O CMC entende a necessidade de ouvir as comunidades, os agentes culturais, os fazedores de cultura. Entende que é necessário debater o investimento em cultura, a transparência do Fundo Municipal e a autonomia do Conselho.
É preciso rever contratos e licitações, reelaborar calendários e agendas culturais, reformular leis e decretos. É preciso saber da câmara legislativa o porquê de tanta morosidade para aprovar o Sistema Municipal de Cultura e se fazer entender que a produção do Calendário Cultural da cidade é uma atribuição do Conselho e não do legislativo. Saber da senhora prefeita o porquê do recurso do Fundo de Cultura não está numa conta específica gerida pelo Conselho e pala SECULT e o porquê desse recurso que deveria ser exclusivamente para a promoção da cultura é canalizado para uso não cultural.
Essas e outras inúmeras perguntas precisam de respostas para que a represa cultural seja aberta e a cidade seja inundada de esperança, otimismo, confiança, amor, fraternidade, paz e todos os substantivos que se referem e valorizam a vida.
Por: Ricardo Andrade