Artistas e produtores culturais irão ao Ministério Público denunciar o que eles chamam de “Máfia no Carnaval de Salvador”
Segundo as denúncias, a Saltur teria publicado uma grade contendo as atrações artísticas contratadas para se apresentarem no carnaval dos bairros de Salvador. A publicação, contudo, foi retirada do ar sob a alegação de que algumas bandas não contavam com a autorização do COMCAR – Conselho Municipal do Carnaval e que, por isso, a relação teria que ser revisada.
O prazo se esgotou e a Saltur não publicou a relação atualizada. Encaminhou uma planilha em Excel para os veículos de comunicação contendo bandas que não estavam na primeira relação e, o mais grave, artistas que também não contavam com a devida autorização do COMCAR. Saulo de Tarso, por exemplo, foi inserido na segunda relação, levantando a suspeita de apadrinhamento político.
O que também perturba e revolta os artistas que denunciam o ocorrido, é o fato de, segundo atestam, “bandas sem expressão comprovada”, como a Mulherada, estarem escaladas para receber cachês na faixa de 15 mil reais, em detrimento de outras que, comprovadamente, já se apresentam constantemente, ao longo do ano.
Tentamos contato com o presidente e o departamento de comunicação da Saltur, mas, até o fechamento dessa matéria, não obtivemos retorno.
Por: Ricardo Andrade
Revisão: Tina Tude