O Jornal Folha Vermelha, em parceria com o Folha Popular, traz em primeira mão, o resumo das entrevistas realizadas com os candidatos(as) a presidência do PT de Lauro de Freitas.
Veja, nessa edição, as respostas do candidato André Primo, da chapa “Renovação e Liberdade”, campo composto pela CNB e EPS.
Folha – André Primo, a Folha Vermelha e o Jornal Folha Popular querem saber qual a importância do Processo de Eleições Diretas do PT – PED. Nos conte como você acredita que isto pode ajudar na política partidária.
André – O processo de eleições diretas do PT, é uma forma extremamente democrática de gestão partidária. É a prova de que, quando o PT defende a DEMOCRACIA, nosso partido fala com propriedade e legitimi-dade. O PED exige que nós conversemos com toda a militância e essa conversa nos ajuda a entender o que é preciso ser feito para que o PT continue sendo, verdadei-ramente, o Partido que representa os Trabalhadores.
Folha – O que fez a sua candidatura se consolidar? Quais as principais bandeiras?
André – Existe uma vontade de melhorar o PT, através do fomento à formação política, do fortalecimento da relação do partido com os Movimentos Sociais e Sindicatos, da valorização de todas e todos os militantes. Nossa candidatura foi consolidada a partir das conversas realizadas entre os agrupamentos CNB e EPS. Nossa principal bandeira é a defesa da independência na relação entre partido e o governo municipal, com sua base de sustentação. Precisamos separar o governo, do partido, para que possamos ser independentes nas tomadas de decisão. E, enquanto partido, fazermos as análises necessárias e colaborar qualitativamente com a construção de uma gestão pública segura e sustentável, promotora de um desenvolvimento social justo.
Folha – No dia 08 de setembro, dia da votação, o que pode ser alterado na política petista?
André – Nossa candidatura à presidência, assim como nossa Chapa se propõe a construirmos no PT uma gestão eficaz e compartilhada, nosso grupo é formado por atores sociais com bastante experiência e compromissos. Temos em nossos quadros – CNB/EPS – militantes históricos, dirigentes partidários, líderes de movimentos sociais ligados à setoriais como Cultura, Juventude, Luta por Moradia, dentre outros. Somos muito bons.
Folha – A cidade vive um momento de surgimento de muitas pré-candidaturas, o que a chapa petista deve preparar para 2020?
André – O PT virá com a candidatura majoritária, da companheira Moema Gramacho. Vamos as ruas defender a reeleição e com isso, garantir que esse processo de requalificação da nossa cidade não seja interrompido (de novo). Nas eleições proporcionais – para a Câmara de vereadoras/vereadores – devemos ter mais candidatas e candidatos que nas eleições passadas. A lei eleitoral não permite mais as coligações proporcionais, com isso, teremos uma chapa petista “sangue-puro”. Vamos trabalhar no fortalecimento das nossas candidaturas para construirmos uma bancada petista forte, qualitativa e quantitativa.
Folha – Todo mundo já comenta sobre o processo de candidatura para reeleição de Moema Gramacho. Como o PT avalia o andamento do governo? O que os vários partidos, aliados, devem esperar do novo ou nova presidente sobre a política de alianças?
André – O governo conseguiu reaver diversas obras que estavam paradas e reformou diversos equipamentos que estavam destruídos, mesmo estando num momento de crise.
Isso mostra a nossa capacidade efetivarmos um projeto de gestão qualificada. O momento exige cautela. É preciso que os outros partidos definam os seus objetivos, dizer se querem construir juntos com o PT uma Lauro de Freitas democrática, plural e progressista ou se filiarão à essa “onda” que prega a Ditadura da Ignorância, do Ódio e da falta de Direitos. Por ora, estamos confiantes. A maioria dos partidos que marcham com a gente tem demonstrado interesse em continuar na luta por uma cidade cada vez mais humana, progressista e desenvolvida.
Folha – O PT, nacionalmente, perdeu uma eleição importante, quais os impactos que os filiados, a ele, estão sentindo?
André – O PT é um partido de lutas e acúmulo, aprendeu com muitas derrotas, cresceu apanhando. O momento requer reflexão e renovação, com o partido e suas bases, para que possamos retomar os espaços de poder, institucional, social e político mais fortes. Mas, contrariando a “lógica” comum, essas supostas derrotas, não nos diminuíram. As filiações ao PT cresceram em todo o Brasil, inclusive aqui em Lauro de Freitas. De fato, representamos a grande maioria da população que é de TRABALHADORAS e TRABALHADORES.
Folha – E o governo Bolsonaro? Devemos acreditar no Impeachment? Os petistas sairão na rua para pedir a queda de Bolsonaro?
André – O processo de Impeachment pode existir, mas o PT não defende essa ideia, pois seria um risco para a nação, nesse processo a sucessão seria um militar, que teria legitimidade para governar o país, pois teria sido eleito, democraticamente, pelo povo. No que tange a essa resposta, ela é de cunho pessoal, até porque, não recebemos orientação da Executiva Nacional do PT, sobre o assunto abordado. O fato é que tivemos em 2018 um processo eleitoral fraudado por agentes públicos ligados aos três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Contudo, o que temos de mais certo e urgente é a necessidade de restaurarmos o Estado de Direito e enfim, termos LULA LIVRE!
Folha – Qual ou quais os principais equívocos cometidos pela atual direção do partido e que não serão repetidos caso sua candidatura saia vitoriosa?
André – Em nossa gestão daremos prioridade ao diálogo com o diretório e com o conjunto da militância. O PT e o universo de seus filiados e filiadas formam um coletivo, precisamos agir como um corpo; com certeza, vamos construir as nossas decisões junto com os agrupamentos e toda a militância. Não dá para fazer a política do PT, sem ouvir os petistas. Mas já estamos fazendo isso desde agora, durante o processo de construção da candidatura e da chapa; e isso nos torna vitoriosos desde já.
Por: Ricardo Andrade